> seja um profe

1. Quem eu quero impactar

O primeiro passo da sua jornada é pensar em que tipo de profe você quer se tornar, já que o seu trabalho pode gerar impacto na vida de pessoas de diferentes faixas etárias:

• Crianças: De zero até 12 anos incompletos;
• Adolescentes: De 12 até 18 anos incompletos;
• Jovens: De 18 até 29 anos;
• Adultos: A partir de 30 anos.

Fique ligado nisso para escolher direitinho o seu curso superior! ;)

2. O que eu preciso estudar

Ok! Você já sabe qual faixa etária gostaria de influenciar, mas agora precisa tomar a decisão de o que fazer na faculdade.

Então vamos lá… antes de mais nada, você tem que saber que para ser profe é preciso fazer um curso superior de licenciatura. Ele dura de 4 a 5 anos, dependendo da opção que você escolher.

Se você quiser trabalhar com crianças, na etapa da educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental (do primeiro ao quinto ano), você deverá cursar uma licenciatura em pedagogia.

Agora, se o seu objetivo é dar aulas nos anos finais do ensino fundamental (do sexto ao nono ano) ou no ensino médio, você deverá escolher uma licenciatura em uma área específica do conhecimento, como matemática, letras, ciências biológicas, entre outras.

Confira aqui algumas das opções de licenciaturas que temos disponíveis hoje no país:

• Artes cênicas
• Artes visuais
• Ciências biológicas
• Ciências sociais
• Educação física
• Filosofia
• Física
• Geografia
• História
• Letras
• Matemática
• Música
• Pedagogia
• Química
• Teologia

3. Onde eu vou estudar

Agora vamos lá! Você já escolheu o que deseja estudar, mas ainda tem dúvidas de onde vai fazer esse curso. São muitas opções disponíveis, que variam conforme o formato, o período que você deseja estudar, o tipo de instituição e por aí vai.

Para fazer essa escolha, você precisa considerar diferentes aspectos:

• Formato: Leve em conta se você tem disponibilidade para se deslocar até a instituição ou, caso opte por um curso online, verifique se realmente você consegue ter disciplina para organizar seus estudos de forma autônoma. Entre as opções, é possível fazer um curso superior:
  • presencial (aulas apenas na instituição);
  • semipresencial (aulas em casa e na instituição);
  • EAD (Educação a Distância).
• Período: Se você optar por um curso presencial, verifique qual é o melhor horário disponível. Dependendo da instituição, seu curso pode ser matutino, vespertino ou noturno. Em algumas universidades, o curso também pode ser integral. Portanto, avalie todas as opções para descobrir qual se encaixa melhor na sua rotina.
• Currículo: Analise e compare o currículo do curso escolhido com o de outras instituições. Verifique se ele tem disciplinas teóricas e práticas, quais são as atividades de extensão e pesquisa oferecidas pela universidade e se o currículo é atual e aberto à inovação.
• Avaliação do curso: Existem alguns indicadores do MEC que são utilizados para avaliar a qualidade dos cursos. Você pode questionar essa informação na própria universidade ou pesquisar para saber mais sobre o desempenho da instituição no Enade ou no CPC. Saiba mais:
  • Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes): Esse exame avalia o rendimento dos alunos de ensino superior, tanto os novos quanto os já formados.
  • CPC (Conceito Preliminar de Curso): Essa nota considera o desempenho dos estudantes no Enade, o corpo docente da instituição (os profes), a infraestrutura e os recursos didáticos-pedagógicos utilizados.

Depois de observar esses diferentes aspectos, procure refletir se o curso vai ser interessante para você e combinar com suas expectativas e contexto. Por exemplo, não adianta o curso ser bem avaliado, se é muito distante da sua casa e só oferece a modalidade presencial. Para tomar a decisão, é preciso avaliar diferentes variáveis e como elas se adequam a você.

4. Como eu vou financiar meus estudos

Atualmente, existem inúmeras universidades públicas que oferecem cursos de licenciatura. Muitas delas, também têm programas de incentivo para ajudar o estudante e se manter no ensino superior, oferecendo apoio com moradia, alimentação, transporte, entre outros gastos.

Nessas instituições, a concorrência costuma variar muito entre o curso e o período escolhido pelo candidato. Por exemplo, na USP (Universidade de São Paulo), em São Paulo (SP), a relação candidato por vaga do curso de pedagogia está em 4.9. Já na UEL (Universidade Estadual de Londrina), Londrina (PR), o mesmo curso tem a relação candidato por vaga de 3.19.

Além das opções gratuitas oferecidas por instituições públicas, os cursos de pedagogia ou licenciatura também costumam estar entre os mais acessíveis em universidades privadas brasileiras. Os valores podem variar entre região, curso e formato (presencial, semipresencial e EAD), mas ficam numa faixa de R$600 a R$1.000, de acordo com o levantamento realizado pelo Guia do Estudante.

Se você optar por uma instituição privada, também existem diversos caminhos para você conseguir uma bolsa ou uma forma de financiar seus estudos:

• Prouni: O Programa Universidade Para Todos oferece bolsas totais ou parciais em instituições de educação superior de todo o país. Para se inscrever, você deve ser estudante de escola pública ou bolsista em escola particular. Também é importante ter feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) mais recente e obtido, no mínimo, 450 pontos. Ahh, e também não pode ter zerado a redação heim!
• Fundações e Organizações Não-Governamentais: Algumas instituições como a Educafro e a Fundação Estudar oferecem bolsas de estudos que podem chegar a 100% do valor da mensalidade. Vale a pena dar uma conferida.
• Programa de Bolsas das Universidades: Muitas universidades privadas do país têm programas de bolsa próprios, com critérios que vão desde a análise socioeconômica até o desempenho. Algumas instituições também oferecem incentivo para alunos que participam de atividades esportivas e culturais de extensão. Esse é o seu caso? Tente acessar o regulamento da universidade que você está de olho.
• Programas de Bolsas Parceiros de Universidades: Os programas de bolsas Educa Mais Brasil e Quero Bolsa também oferecem descontos nas mensalidades por meio de parcerias com as instituições de ensino superior. Em alguns casos compensa bastante. Afinal, um desconto sempre é bom.
• Fies: O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior é um programa do Ministério da Educação que ajuda a financiar os estudos em universidades privadas. E você só começa a pagar depois de formado.
• Financiamento Estudantil: O programa de financiamento estudantil Pravaler ou programas de financiamento com outras instituições financeiras ajudam a pagar parte da mensalidade dos estudantes enquanto estão na graduação, também com a possibilidade de começar o pagamento após formado. Outro caminho para avaliar.

5. Como potencializar a minha formação

Vamos imaginar que você já está matriculado em um curso. A partir daí, você também pode aproveitar o momento para experimentar diferentes áreas de atuação, conhecer melhor as perspectivas da profissão e ficar por dentro de novidades da área.

Aqui vão algumas dicas:

• Procure escolas e redes educacionais para estagiar e vivenciar o ambiente escolar desde o início da faculdade
• Participe de eventos, feiras e webinários
• Faça cursos online gratuitos
• Acompanhe páginas de notícias sobre educação, inovação e tendências
• Siga professores inspiradores nas redes sociais

6. Quais são as minhas possibilidades dentro mercado

Quando você decide se tornar profe, a sala de aula não é a sua única possibilidade de atuação. Também existem diferentes caminhos que você pode trilhar ao longo da carreira. Dá uma conferida nessas outras opções:

• Mentor: Atuar no apoio aos professores ingressantes, ajudando-os no planejamento de suas aulas e fazendo observação da sua prática em sala de aula.
• Formador de professores: Desenvolver e aplicar processos de formação dos professores.
• Gestão escolar: Atuar na direção ou na coordenação pedagógica de escolas.
• Criação de materiais didáticos: Produzir livros didáticos e outros materiais para uso pedagógico.
• Gestão e Avaliação de Dados Educacionais: Acompanhar e analisar dados educacionais, avaliações e indicadores que apoiam a tomada de decisões.
• Educação especial: Preparar materiais, recursos e aulas para apoiar o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
• Consultoria pedagógica: Apoiar e supervisionar instituições de ensino para alcançarem maior eficiência em projetos educacionais e em processos de ensino e aprendizagem.
• Gestão pública: Implementar políticas públicas e atuar em programas das secretarias de educação.
• Pesquisa: Investigar e produzir conhecimento em instituições de ensino superior sobre didática e ensino.
• Orientação vocacional: Auxiliar jovens e desenvolverem seus projetos de vida.
• Designer de aprendizagem: Criar e aperfeiçoar experiências de aprendizagem nos mais variados ambientes.
• Educação corporativa: Desenvolver cursos e treinamentos em empresas.
• Pedagogia hospitalar: Trabalhar com crianças e adolescentes impedidos de frequentar a escola por motivos de saúde.
• EdTechs: Atuar em startups de educação e tecnologia que desenvolvem ferramentas, games e outros materiais de uso pedagógico.
• Espaços não-formais: Atuar como educador em museus, bibliotecas, espaços socioeducativos, organizações não-governamentais, entre outros.

7. Como vou dar sequência aos estudos

Ufa! Chegamos na última etapa dessa jornada, mas temos um recado muito importante para você: ela não acaba aqui.

Ser um profe é estar em constante atualização dentro e fora da escola. Após concluir o seu curso de graduação, você também pode fazer especialização, mestrado e doutorado. Isso vai abrir novas perspectivas para você desenvolver seu trabalho e criar novas práticas pedagógicas. Sem contar que em muitas redes, como na educação básica, o plano de carreira também pode incluir um aumento de salário caso o professor tenha especialização, mestrado e doutorado.

Também é interessante você buscar cursos livres e de formação continuada. Eles podem ser oferecidos por Universidades, públicas e privadas, institutos e fundações, escolas e secretarias de educação. Fique atento nas opções disponíveis na sua cidade!